sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ruralidade e Urbanidade

Cada autor tem uma visão diferente do que é a ruralidade e urbanidade.
Élvio Rodrigues Martins é muito radical ao dizer que na cidade é a onde se encontra tudo, como o pensamento cientifico, o locus privilegiado da modernidade, as práticas sofisticadas e das grandes produções e circulação do capital, é por excelência o lugar da aglomeração, da critica e a onde estão as grandes desizões
A aldeia é um meio pequeno onde só há agricultura, um meio pequeno com poucos habitantes e fechada.
Rocha e Pizzolatti já pensam de maneira diferente, para eles não existe um afastamento entre a cidade e a aldeia mas sim uma aproximação ou seja a cidade precisa da aldeia como a aldeia precisa da cidade.
As actividades rurais quando inseridas no contexto da economia citadina não podem ser vistas como separadas das funções urbanas.
As actividades rurais fazem parte da economia das cidades porque o trabalhador urbano necessita dos alimentos que provêm das actividades rurais.
Na minha opinião hoje em dia não há tanta diferença entre as pessoas que vivem no campo e na cidade.
Antigamente quem vivia no campo eram os lavradores e se alguém queria ter outra profissão tinha de abandonar a aldeia e ir para a cidade.
Na cidade era a onde se arranjava emprego, onde se tinha uma vida muito mais aberta, poderíamos fazer algo, as pessoas são tão individualistas que não davam por isso, na aldeia era quase impossível porque as pessoas conheciam-se todas e sabiam a vida de toda a gente.
O conceito de aldeia hoje em dia é totalmente diferente embora ainda aja menos pessoas que na cidade as pessoas já não trabalham só na agricultura, muitas delas trabalham na cidade e ao final do dia regressam a casa, os meios de comunicação também são muito melhores que antigamente.
O meu conceito de ruralidade é uma zona de pequenos aglomerados de casas e pessoas com grandes espaços de paisagem aberta entre eles, onde existe muita agricultura, as pessoas conhecem-se umas ás outras e a onde estão sempre em contacto com a natureza.
Urbanidade é uma palavra interessante, por um lado faz referência ao que é urbano, em oposição a ruralidade, de fato a partir que a população passo a migrar de uma forma maciça para as cidades, passamos a formar parte de uma sociedade urbana.
A mesma palavra se usa também para definir a forma de comportamento, inclusive passou a ser sinónimo de boas maneiras. Os dois sentidos estão intimamente ligados, ao passar a viver em sociedades urbanas e compartilhar também espaços mais próximos, foi preciso estabelecer normas de comportamento, que servem para facilitar o relacionamento entre as pessoas. Muitas das ações e atitudes que num meio rural, com uma densidade de população menor, poderiam ser toleradas, são hoje incompatíveis com a vida na cidade.
Por outro lado o conceito de urbanidade envolve também situações novas que são resultado da vida na cidade, resultado da verticalizarão e que influem na nossa educação e nas relações entre as pessoas. Na medida em que avançamos no espaço dos demais, ou que com as nossas ações podemos interferir na vida dos outros, se cria uma linha ténue, quase invisível, que divide o agir com urbanidade ou ser um anti-social, um incivilizado, porque o sinonimo de urbanidade é civilidade.
Quando jogamos lixo na rua, quando no transito dirigimos de forma perigosa, mesmo que sem cometer nenhuma infracção, ou quando mantemos a musica excessivamente alta, depois das 8 da noite.
Quando não mantemos limpa a nossa calçada, inclusive quando não cumprimentamos o vizinho que encontramos no elevador, estamos contribuindo para perder parte da civilidade, que é imprescindível para facilitar o convívio entre as pessoas que formam parte de uma comunidade. A perda da qualidade de vida que tanto nos preocupa, não acontece de uma hora para outra, é o resultado de uma perda gradativa, de pequenas perdas, aos poucos deixamos de enxergar o muro grafitado, o papel no chão, o saco de lixo rasgado, O buraco na calçada, a sujeira, o abandono. A cidade vai se deteriorando aos poucos, não tendo outros responsáveis que nos mesmos, que aos poucos vamos perdendo a educação, a urbanidade e depois de perder a civilidade, nos convertemos numa sociedade de incivilizados.
O património local está a ser agora valorizado com a recuperação de casas antigas onde muitas delas se fazem o turismo rural e a recuperação de fachadas antigas das casas, os monumentos estão sempre em recuperação para não chegarem a uma degradação total como acontecia anteriormente.
Com a valorização do património também são criados novos postos de trabalho.
Na área do turismo são criados guias turísticos, historiadores de costumes e tradições como por exemplo na Póvoa de Varzim existem restaurantes que tem a tradição de fazer pratos regionais poveiros, como arroz de sardinha, bola de sardinha, pescada á poveira e as rabanadas.
Uma das valorizações do património poveiro é sem dúvida a lancha poveira que foi recria da e que deu emprego a muita gente não só para a sua deslocação para vários pontos do globo mas para a sua divulgação.

4 comentários:

Yria disse...

Muito interessante este texto e deu-me uma grande ajuda sobre o assunto que eu preciso de explorar para um trabalho :) Fiquei a perceber um pouco mais sobre ruralidade e urbanidade!

cecilia isabel guambe disse...

Este artigo e muito interessante. Ajudou-me a definir o conceito Ruralidade da forma mais simples.

cecilia isabel guambe disse...

Este artigo e muito interessante. Ajudou-me a definir o conceito Ruralidade da forma mais simples.

Anónimo disse...

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