terça-feira, 7 de julho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Identidade e Alteridade - Políticas Públicas

Este trabalho foi feito para a área de Cidadania e Profissionalidade.

Foi um trabalho muito interessante do qual aprendi bastante sobre as Políticas Públicas, em especial o Acordo de Schengen, a lei n.º 23/2007 e o Conselho Português para os Refugiados.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O papel da evolução tecnológica como condicionante das mobilidades, quer a nivel dos transportes e comunicações quer ao nivel de possibilidades de val

A distância, objecto de inúmeras preocupações ao longo dos tempos nas mais diversas sociedades, barreira por vezes intransponível, começa a ser finalmente desvalorizada. Este fenómeno, por si só da maior importância para o desenvolvimento das sociedades modernas, é tanto mais significativo se analisado à luz das suas consequências económicas e financeiras a nível mundial.
Com as novas e poderosas tecnologias, começam a produzir-se um amplo conjunto de alterações no modo como os indivíduos vivem o seu dia-a-dia, como trabalham, como estudam, como se divertem e ocupam os seus tempos livres e como se relacionam com o seu meio envolvente.
Aspectos anteriormente essenciais para as empresas, tais como a sua localização ou dimensão, começam a deixar de constituir uma preocupação essencial para os gestores, do mesmo modo que deixam de ser condições importantes para o respectivo crescimento ou sobrevivência. Cada vez mais, é possível observar exemplos de sucesso empresarial em micro-empresas, com volumes de facturação e lucro por trabalhador muito significativos.
Todas estas transformações são, sem dúvida, o resultado da melhoria de utilização das novas tecnologias, aliada à consolidação das redes de telecomunicações a nível mundial, possibilitando a comunicação a preços acessíveis e com grande qualidade. Este extraordinário aumento da relação qualidade-preço, associado a um conjunto de novas tecnologias que permitem o intercâmbio de informação de qualquer tipo (voz, dados, imagens e vídeos) em tempo real e a baixo custo, está na base da revolução a que se assiste actualmente. O alcance desta revolução está, no entanto, muito para lá da simples revolução tecnológica. Trata-se duma revolução em torno da difusão global do conhecimento.
.Com o aumento da facilidade de comunicação entre indivíduos e entre organizações, impulsionada pela crescente generalização das novas tecnologias, a relação entre produtores e consumidores dos mais diversos tipos de bens e serviços está a tornar-se cada vez mais próxima. O desenvolvimento deste fenómeno está a provocar grandes tipos de
modificações ao nível do relacionamento cliente-produtor: por um lado, e o desaparecimento de muitas das estruturas comerciais intermédias existentes nas economias.
Os computadores, a Internet e os telemóveis oferecem uma nova realidade, que torna cada indivíduo mais produtivo e senhor de um maior controlo sobre o modo como processa, comunica e interage com ou outros. Em complemento, cada um de nós produz mais informação e interacções, promovendo mudanças e contra mudanças em que o fenómeno mais constante parece ser o do excesso de informação – mais informação em quantidade, em qualidade e em diversidade de canais e ritmos.
O grande desafio passa por adquirir novas formas de lidar com a informação, de a representar, de a entender e, obviamente, de tirar partido dela. São promessas da Sociedade da Informação, ser inclusiva e, também, orientada para a melhoria da forma como interagimos entre nós, graças ao advento da mediação por computador e da predominância do digital. No entanto, tal parece não ter contrapartida nas instituições, no modo como estão organizadas e mesmo nas capacidades e ferramentas que os indivíduos dispõem para lidar com este estado de mudança, em que apenas a própria mudança, parece ser constante.
Uma perspectiva que torna mais confortável para o indivíduo lidar com o excesso da informação é a reinvenção do espaço e do tempo. Existe a oportunidade de considerar esta reinvenção, um ponto de partida para o desenho e concepção de novas cidades e/ou regiões que possuam um alter-ego digital, urbanizado e pensado de forma a facilitar a interacção entre indivíduos e, entre estes e as organizações. É que espaço e tempo, constituem-se como dois dos maiores referenciais para o ser humano. A discussão do digital e a reflexão de que uma cidade e região digital podem potenciar um novo espaço e um novo tempo, proporcionam novas ecologias, que não se auto-excluem, mas que são complementares e passíveis de serem experimentadas em simultâneo
A coexistência de centralidades alternativas, permite distribuir competências e lidar com questões temporais do espaço. Por exemplo, uma praça pode ter funções diferentes em diferentes momentos do dia ou ser o centro de determinada actividade, mas permitir uma extensão para outros espaços, criando/alargando essa sua centralidade e distribuindo as pressões sobre espaços/tempos, com base em critérios precisamente formulados
As iniciativas denominadas por Cidades e Regiões Digitais propõem-se, muitas vezes, dotar cada região de uma infra-estrutura digital que possibilite ao cidadão o acesso e utilização de tecnologias de modo a satisfazer no digital as necessidades do seu dia a dia. Importa pois considerar as implicações de agregar o digital, o virtual e o real. Torna-se assim essencial o exercício de verificação de como o espaço e o tempo são transformados de modo a que garantam os referenciais de equilíbrio e bem-estar para cada indivíduo e não numa fonte de constante pressão e stress. Desta forma, aos computadores, à Internet e aos telemóveis é necessário acrescentar os espaços inteligentes que ofereçam funcionalidades e agreguem o digital, o virtual e o real e assegurem que nós, enquanto indivíduos, continuamos a ter a opção de escolher o nosso espaço e o nosso tempo.